Dois representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estarão até quinta-feira (10) em Caçapava do Sul, na Campanha, para avaliar o Geoparque Caçapava, que reivindica o selo de Geoparque Mundial da Unesco. O geólogo e paleontólogo japonês Mahito Watanabe e o cientista ambiental espanhol Antonino Sanz Matencio chegaram no domingo (6) em solo caçapavano.
Nesta segunda-feira (7), eles passam pelo Centro Histórico e visitam o Forte Dom Pedro II. Passam também pelo Jardim da Geodiversidade Professor Maurício Ribeiro, o Geossítio Caieiras, o Geossítio Toca das Carretas, além de participar de apresentações culturais. O Geoparque Caçapava tem como um dos grandes potenciais a presença de rochas muito antigas.
A iniciativa e reivindicação do selo tem o envolvimento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), assim como o geoparque da Quarta Colônia, na Região Central, que recebeu os avaliadores na última semana de outubro. Estão na coordenação também a prefeitura de Caçapava do Sul e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
Após a visita, os avaliadores vão elaborar um relatório com apontamentos se o local cumpre com os critérios necessários para ser contemplado com o selo. Esse documento é encaminhado ao Comitê Mundial de Geoparques, que é constituído por 12 integrantes que devem se reunir em dezembro para análise.
Geoparque é um selo de qualidade obtido por territórios que atuam na perspectiva do desenvolvimento local sustentável. Além disso, para ser reconhecido, os territórios devem possuir importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica.
No Brasil, três geoparques já são certificados: no Ceará, o Geopark Araripe; o Geoparque Caminhos do Sul, que fica dividido em municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; e, no Rio Grande do Norte, o Geoparque Seridó.