Nenhum recorde climático foi quebrado, mas o Rio Grande do Sul vivenciou mais um dia de calor quase insuportável. Os termômetros voltaram a superar a casa dos 40º C. A máxima aconteceu em São Luiz Gonzaga, nas Missões, que enfrentou 40,4 º C, por volta das 15h deste domingo (23).
Não foi a máxima histórica, sequer da semana. Dia 20, por exemplo, Uruguaiana, na Fronteira Oeste, registrou 42,1º C. A maior temperatura já medida no Rio Grande do Sul foi em 1943, em Jaguarão, com 42,6º C.
Mas está tudo muito próximo a isso, nessa massa de ar quente que estacionou sobre o Sul do país. Neste domingo, Alegrete registrou 39,8ºC. São Vicente do Sul, 38,4ºC. Quaraí, 38,1ºC. E Porto Alegre, 35,1ºC (foram 39º C no sábado, 22).
— É tudo muito quente, sufocante, mas acalma ao final do dia com as chuvas — comenta o meteorologista Marcelo Pinheiro, da Climatempo.
Dito e feito. Ao entardecer de domingo, Porto Alegre viu a temperatura despencar para 24º C, 11 a menos que a máxima do dia.
Porto Alegre registrou uma forte chuva a partir das 17h30min, desencadeada por uma nuvem em forma de bigorna (cumulus nimbus) que fez o dia anoitecer subitamente. Muitos raios e trovoadas, mas poucos estragos contabilizados, porque o vento não foi forte.
A perspectiva para a semana é de que o calor continue até quinta-feira (27), quando enfim a massa de ar quente deve ser sucedida por uma frente fria. Esse fenômeno trará chuva intensa e o rebaixamento da temperatura a uma média não superior a 25ºC na sexta-feira (28), em Porto Alegre. A perspectiva é de uns dias de alívio, na sequência.