O vulcão Wolf, santuário das iguanas-rosadas, seguia em erupção nesta quarta-feira (12). Localizado no norte da Ilha Isabela, a maior do arquipélago de Galápagos, o Wolf entrou em atividade pela segunda vez em sete anos.
Na sexta-feira, dia do início da erupção, o diretor do Parque Nacional de Galápagos (PNG), Danny Rueda, afirmou que "espécies emblemáticas, como tartarugas gigantes, iguanas terrestres e marinhas, principalmente, iguanas-rosadas, estão fora do fluxo de lava".
Situação que foi confirmada pelo ministro do Ambiente do Equador, Gustavo Manrique, que sobrevoou a ilha Isabela nesta terça-feira (11).
– A direção tomada pelos fluxos de lava e o desenvolvimento em geral da erupção permite assinalar que a população de iguanas cor-de-rosa se mantém fora de perigo.
A atividade anterior do vulcão, o mais alto de Galápagos, com 1.707 metros de altura, ocorreu em 2015, quando entrou em erupção sem afetar a fauna principal, após 33 anos de inatividade.
A cerca de 100 km de povoamentos humanos, as encostas do vulcão abrigam as iguanas-rosadas (Conolophus marthae), apresentadas como uma nova espécie em 2009. Em agosto do ano passado, o PNG indicou que, após uma expedição ao local, contou 211 exemplares dos animais, ocupando uma área de 25 km².
As Ilhas Galápagos, que receberam o nome de suas tartarugas gigantes, foram o laboratório natural do cientista inglês Charles Darwin para sua teoria sobre a evolução das espécies, no século 19. Em Isabela também estão os vulcões Darwin, Alcedo, Cerro Azul e Sierra Negra, todos ativos.
O arquipélago de Galápagos possui flora e fauna únicas no planeta e faz parte da reserva mundial da biosfera.