Em um comportamento nunca antes visto pelos cientistas, formigas no Panamá foram flagradas com a capacidade de fazer reparos pontuais no tronco das árvores que servem de morada - quase como se fosse um grande formigueiro de madeira, ou então um "prédio".
O experimento, conduzido pelo pesquisador William Wcislo, do Smithsonian Tropical Research Institute, descobriu que as formigas usavam fibras de plantas e seiva de árvores para cobrir quaisquer buracos nas árvores. A pesquisa foi publicada no jornal científico Research Gate.
A pesquisa descobriu que quando buracos foram feitos nos troncos das árvores, as formigas começaram a sair de seus "apartamentos" para consertar os danos, deixando a árvore completamente curada em 24 horas.
As formigas aztecas e as árvores Cecropia são nativas do Panamá, na América Central, e têm um vínculo muito próximo. Essa relação é benéfica para as duas espécies - chamada, na biologia, de mutualismo -, pois as formigas defendem as folhas da árvore dos animais que as comeriam. E como agora foi descoberto, além de soldadas, elas também atuam como reparadoras.
O pesquisador destaca que, embora existam muitos exemplos de insetos e outros animais consertando suas moradas caso danificadas, apenas alguns deles usam outras espécies vivas como abrigo.