Novas tempestades de poeira atingiram as regiões de Ribeirão Preto e de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira (14). Moradores relataram terem sido envolvidos por uma imensa nuvem de poeira que atingiu várias cidades. As rajadas de vento que carregaram resíduos do solo também derrubaram árvores e deixaram ao menos uma pessoa ferida. Fenômenos semelhantes aconteceram na região de Ribeirão e no sul de Minas Gerais no dia 26 de setembro. Já no oeste paulista, a tempestade de areia cobriu várias cidades no dia 1º de outubro.
Nesta quinta, moradores de Ribeirão Preto usaram as redes sociais para postar vídeos e fotos da nuvem de poeira avermelhada. Alguns moradores tiveram as casas invadidas pelo pó. Em seguida, a cidade foi atingida por um temporal que deixou vários bairros sem energia elétrica. Uma árvore caiu sobre um carro na Avenida Adelmo Perdizza. A motorista, de 54 anos, ficou ferida e foi levada consciente para o Hospital São Francisco. O mesmo fenômeno foi observado em São Joaquim da Barra, Serrana, Pitangueiras, Colômbia e Sertãozinho, cidades da região. Segundo os relatos, o céu ganhou uma cor avermelhada.
A prefeitura de Ribeirão Preto informou que as rajadas de vento chegaram a 75 km/h e houve 39 milímetros de chuva. O temporal causou pontos de alagamento, quedas de árvores em vias públicas e problemas na sinalização de semáforos em diversas avenidas. "A prefeitura está promovendo ações de limpeza e reparos por toda a cidade para evitar maiores transtornos à população", disse, em nota. Devido aos estragos causados pela chuva, o Bosque Zoológico Fábio Barreto só vai abrir após as 12h nesta sexta-feira (15).
A rodovia Cândido Portinari (SP-334) foi interditada no sentido de Ribeirão Preto devido à queda de uma árvore, no km 324. Em Presidente Prudente, uma forte rajada de vento empurrou uma nuvem de poeira sobre a cidade, no início da manhã. Segundo a Defesa Civil, as rajadas chegaram a 70 km/h. Na região do aeroporto, no entanto, os ventos chegaram a 92 km/h. Houve queda de árvores em vários bairros. O temporal atingiu também cidades da região, como Presidente Epitácio e Regente Feijó.
Conforme os meteorologistas do Climatempo, a tempestade de poeira é formada pelos ventos intensos que levantam uma quantidade significativa de poeira do solo para a atmosfera, podendo transportar essas partículas por grandes distâncias. O fenômeno é associado também à longa estiagem e à baixa umidade do ar. Em Ribeirão Preto, a umidade do ar era de 19% quando aconteceu a tempestade.