Uma pesquisa publicada na revista Science Advances apresenta o primeiro caranguejo preservado em âmbar que viveu no período Cretáceo, cerca de 100 milhões de anos atrás, quando dinossauros ainda habitavam a Terra. Publicado na quarta-feira (20), o estudo descreve o fóssil de caranguejo como o mais completo já descoberto pela ciência.
A espécie é originária de Mianmar, no sudeste da Ásia, e recebeu a nomenclatura de Cretapsara athanata. O fóssil ainda preserva características do caranguejo como antenas, olhos e partes da boca cobertas por pelos que, segundo o estudo, raramente se mantêm em fósseis de caranguejos. A extensão do animal é de 5mm, considerado pequeno se comparado com as espécies de caranguejo.
Os pesquisadores acreditam que ele não era nem marinho nem totalmente terrestre, "mas um caranguejo de água doce totalmente salobra, mesmo facultativamente anfíbio, que vivia no solo da floresta ou em corpos de água rasos no solo da floresta".
Fósseis de caranguejos do período Cretáceo já haviam sido descobertos pela ciência, mas a maioria deles incompleta, diferentemente do Cretapsara athanata.