Nos próximos dias, uma densa camada de poluição com efeitos na Amazônia e no Centro-Oeste deve se deslocar em direção ao Rio Grande do Sul. As regiões Norte e Noroeste do Estado devem sentir com mais intensidade os efeitos da chegada da fumaça, conforme a Sigma Meteorologia. Entre os efeitos estão um horizonte com tons alaranjados e a possibilidade de chuva ácida — uma precipitação com tons mais escuros.
Esse fenômeno está relacionado à presença do carbono negro, material originado da queima de biomassa em decorrência das queimadas. De acordo com a Sigma Meteorologia, as simulações numéricas do Centro Meteorológico Europeu mostram uma ampla e densa pluma de aerossóis no interior da América do Sul, descendo da região amazônica e se somando às queimadas do Pantanal mato-grossense até o Sul do Brasil.
O avanço de uma frente fria ao longo da quinta-feira (10) deve afastar essa fumaça do Rio Grande do Sul em direção a áreas de Santa Catarina, porém, com menos intensidade. Fenômenos como o céu alaranjado e a chuva ácido podem ocorrer entre o Oeste, Planalto Sul e áreas de maior altitude de Santa Catarina, ainda segundo a Sigma Meteorologia.
Entre a sexta-feira (11) e o sábado (12), a fumaça deve chegar à Argentina e ao sul do Paraguai, podendo ter efeitos também no Rio Grande do Sul devido a uma nova configuração do chamado Jato de Baixos Níveis (JBN), auxiliando no transporte desses poluentes, somado à presença das áreas que instabilidade que estarão atuando sobre o Estado. A junção de fatores deve acabar favorecendo uma nova ocorrência de chuva ácida em algumas regiões.