A fumaça fruto das queimadas que ocorrem na Amazônia e no Pantanal deixou de atuar com intensidade no Rio Grande do Sul. Agora, os ventos que partem do Mato Grosso do Sul interromperam o escoamento de toda essa fuligem no território gaúcho e passaram a depositar as partículas em Santa Catarina e no Paraná.
O refresco vem após quatro dias em que o Estado foi alçado à posição de localidade mais afetada pela nuvem de fumaça.
Em razão de uma virada na direção dos ventos que partem do estado sul-mato-grossense, as partículas de poeira passarão a se concentrar no território catarinense e paranaense ao longo desta terça-feira (15), explica Wallace Menezes, professor do departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):
— Entretanto, na quarta-feira (16), teremos outra guinada na orientação do vento. Como resultado dessa mudança, o Rio Grande do Sul voltará a ser afetado pela fumaça, mas de forma menos intensa. Teremos a formação de nebulosidade e chuva na região. Por isso, o registro de grande acúmulo de fumaça, como foi na sexta-feira (11), por exemplo, não será visto, porque a instabilidade vai limpar o céu.
Renata Libonati, coordenadora do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ, destaca que, na sequência, a fumaça entrará em deslocamento novamente:
— Na quinta-feira (17), ela volta a subir em direção a Paraná, Santa Catarina e São Paulo e a qualidade do ar gaúcho voltará a melhorar.