O vento norte e as altas temperaturas registradas provocaram grande deslocamento dos gafanhotos que estão na Argentina nos últimos dias. Contudo, os técnicos do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa) ainda não conseguiram precisar de quanto foi esse avanço.
Segundo a última atualização de informações divulgada na tarde de terça-feira (4), as equipes argentinas seguem monitorando o deslocamento desses enxames para detectar os momentos e lugares mais oportunos para o controle da praga.
O país vizinho enfrenta a ação de seis agrupamentos de gafanhotos. O mais recente foi localizado na província de Salta, perto da tríplice fronteira e se encontra a, aproximadamente, 940 quilômetros de Itaqui, na Fronteira Oeste.
O grupo mais próximo do Rio Grande do Sul, mas já desmembrado, na localidade de Entre Ríos, segue a 98 quilômetros da Barra do Quaraí. Os agentes do país vizinho permanecem monitorando e controlando esses insetos com agrotóxicos.
Duas nuvens ingressaram na província de Santiago del Estero nesta terça-feira. Os técnicos do Senasa acreditam que os dois agrupamentos possam estar entre 540 e 570 quilômetros de Itaqui.
Um quinto enxame se aproximou da cidade de Taco Pozo, na Província del Chaco, a cerca de 760 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. Por fim, a nuvem que estava Salta permanece na mesma localidade, mas sem mapeamento específico. Os fiscais argentinos avaliam que os insetos desse agrupamento permaneçam a 860 quilômetros do Estado.
Juliano Ritter, fiscal agropecuário estadual, afirma a falta de informações por parte dos argentinos deve ser resultado do alto número de insetos a serem combatidos:
— Não temos nenhuma informação de ontem (terça). Devem estar numa correria daquelas.