Um dos símbolos de Rio Grande, no Sul do Estado, morreu nesta quinta-feira (5): o leão-marinho Ipirelo, que nos últimos 27 anos viveu no Museu Oceanográfico Prof. Eliézer de C. Rios, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Ainda jovem, Ipirelo chegou ao Museu Oceanográfico em agosto de 1993, após ser resgatado no interior da Lagoa dos Patos.
Segundo o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) da Furg, Ipirelo chegou a ser devolvido ao mar, mas retornou ao não se adaptar mais ao habitat natural e não ter mais a agilidade para capturar peixes. Aos poucos, se tornou mascote do museu e figura amada pelos habitantes de Rio Grande.
No Facebook do Cram, o post anunciando a morte do leão-marinho, publicado às 15h desta quinta (5), já tinha mais de 1,5 mil compartilhamentos e mais de 400 mensagens em menos de cinco horas.
Em 2006, Ipirelo foi notícia em Zero Hora. Depois de 14 anos vivendo no Museu Oceanográfico, o leão-marinho fugiu ao ver aberta uma porta do Cram. No mesmo dia, voltou sozinho duas vezes para ser alimentado. Na época, o jeito desengonçado de andar, espalhado em 250 quilos, não o atrapalhou para subir a rampa ao lado dos trapiches e receber peixes dos funcionários.
Nove dias depois da fuga, acabou sendo recapturado pelos técnicos do museu. O motivo foi o recebimento de denúncias de que ele estaria sendo maltratado por pescadores, depois de terem suas redes de pesca destruídas.