A Marinha do Brasil divulgou comunicado nesta quinta-feira (28) no qual informa que, segundo sua análise, é baixa a probabilidade de as manchas de óleo que contaminam praias do Nordeste e do Sudeste desde o final de agosto apareçam em praias mais ao sul do que Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro.
O estudo foi feito por um grupo de trabalho da Coordenação Científica do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), composto por pesquisadores e cientistas de todo o país. A equipe fez uma análise da dinâmica das correntes oceânicas e da agitação marítima predominantes ao sul do Cabo de São Tomé, no Rio de Janeiro.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores observaram que tem sido decrescente a quantidade de resíduos de óleo registradas nos últimos dias nas praias brasileiras. Também considerou o comportamento atual das correntes na superfície e na subsuperfície marítimas.
Autoridades confirmaram, neste final de semana, que fragmentos de óleo chegaram ao Rio de Janeiro. De acordo com o GAA, tratam-se de "pequenos fragmentos" que foram removidos das praias de Santa Clara e Guriri, em São Francisco de Itabapoana; praias do Barreto, em Macaé; e Canal das Flechas, em Quissamã, todas localizadas ao norte do Estado.
Amostras foram recolhidas em todas essas localidades e apenas na Praia de Santa Clara, o óleo "foi constatado como compatível", diz o texto. Segundo o GAA, até o momento, não foram encontrados novos vestígios de óleo no Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta quarta-feira (27), ao todo, 790 localidades de 126 municípios em 11 Estados foram atingidas pelo óleo. Até o momento, constam na lista, além do Rio, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo.