Um problema ambiental causado pela superstição dos turistas foi revelado com a baixa vazão do Rio Iguaçu, no Paraná. Durante uma ação de limpeza, colaboradores das Cataratas do Iguaçu S.A., do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e voluntários do Corpo de Bombeiros do Paraná retiraram das águas aproximadamente R$ 14 mil, o equivalente a mais de 320 quilos.
A ação de limpeza é realizada uma ou duas vezes ao ano. Neste ano, a quantidade de moeda retirada foi um recorde do parque. O valor arrecadado com a troca das moedas será revertido para um projeto social selecionado pelo Parque Nacional do Iguaçu.
Mesmo sendo proibido jogar qualquer objeto nas águas, há anos os visitantes do local têm este costume: arremessar as moedas e fazer pedidos, como em uma fonte dos desejos. Foram recolhidas moedas de diversas nacionalidades — todos os anos, o local recebe turistas de mais de 170 países —, em sua maioria brasileiras, seguidas pelas argentinas e paraguaias.
Em um vídeo publicado nas redes sociais das Cataratas do Iguaçu, o biólogo Pedro Fogaça afirma que a atitude dos visitantes causa um problema ambiental, contaminando o lençol freático e a água do rio. Além disso, os objetos jogados na água prejudicam os peixes e aves, que podem confundi-los com suas presas, por causa do brilho.
Além das moedas, os voluntários encontraram crachás, pilhas, baterias, celulares, garrafas e sacolas plásticas e outros itens pessoais.