O Instituto Natural do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou 31 novas localidades em praias do Nordeste atingidas pelo vazamento de óleo apenas nesta semana. Desde domingo (27), foram registrados vestígios de óleo em locais de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia e Piauí. A maioria são de manchas ou de vestígios esparsos, conforme avaliação do instituto.
De acordo com o governo federal, já foram recolhidas mais de mil toneladas de óleo, numa extensão de 2,5 mil quilômetros. Segundo monitoramento do Ibama, quase 200 localidades ainda possuem registro de óleo. Os Estados da Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte tinham o maior número de locais prejudicadas pelo desastre ambiental.
Na quarta-feira (30), o vice-presidente Hamilton Mourão, então exercendo a Presidência, disse que a investigação sobre o vazamento de óleo que atingiu as praias do Nordeste está próxima de ser concluída. Segundo Mourão, há a possibilidade de que o governo anuncie a conclusão das investigações indicando o navio ou navios responsáveis ainda esta semana.
No mapa produzido por GaúchaZH (confira abaixo) com base em informações do Ibama, é possível verificar os locais atingidos até o momento.
Risco é baixo, mas contato deve ser evitado
Uma avaliação feita pelo Ministério da Saúde sobre os riscos do vazamento de óleo no litoral do Nordeste aponta que, apesar da amplitude, o impacto à saúde pública neste momento é baixo. A afirmação, a qual consta de boletim que será divulgado nesta quinta-feira (31) pela pasta, considera parecer de técnicos e dados recebidos de secretarias de saúde.
O ministério, porém, reforça o alerta para que voluntários e população não entrem em contato com a substância e para que profissionais de saúde notifiquem atendimentos.
Também ressalta que a avaliação do risco é um "retrato" do momento, mas que pode ser alterada, conforme prevê regulamentos internacionais de saúde.