O governo do Acre decretou, na manhã desta sexta-feira (23), situação de emergência devido ao período de estiagem no Estado e o número de queimadas. De acordo com o site G1, O decreto foi publicado no Diário Oficial do estado e leva em consideração a escassez de chuva, a baixa umidade relativa do ar e as queimadas. Na manhã desta sexta-feira, o Rio Acre chegou a 1,55 metro.
Segundo o governador Gladson Cameli (PP), os meses de agosto e setembro são historicamente de maior criticidade de ocorrência de incêndios florestais e queimadas urbanas, devido aos baixos índices de precipitação pluviométrica e fluviométrica, em consequência a baixa umidade relativa do ar e a elevada emissão de monóxido de carbono e material particulado no ar. Cameli disse ainda que está em tratativas para que o presidente Jair Bolsonaro visite o Acre nos próximos dias para que o tema seja debatido.
A partir do decreto, o governador terá 10 dias para enviar o relatório ao governo federal para que ele reconheça ou não a situação de emergência. Esta é a segunda vez que o Estado decreta emergência devido às queimadas. Em 2005, houve um pedido, mas a União não reconheceu a situação e o Estado teve de usar recursos próprios. Em 2016, houve um decreto de emergência, mas foi devido à seca histórica registrada no Estado.
O anúncio de estado de emergência ocorre uma semana depois do governo ter decretado estado de alerta ambiental – no último dia 16. Com a medida, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) pôde pedir apoio técnico e logístico do Estado para combater e controlar os incêndios ambientais.
O secretário do Meio Ambiente do Acre, Israel Milani, disse que, após montar a sala de monitoramento, foi possível ter uma ideia real do cenário.