O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram), de Rio Grande, no sul do Estado, recebeu o primeiro pinguim-de-magalhães atingido por óleo neste ano. O animal foi encontrado nos molhes da Barra e está passando por um tratamento completo de recuperação para ser devolvido ao mar.
Durante o inverno, é normal que pinguins sejam recebidos no Cram com óleo no corpo. Segundo a coordenadora do Centro, Paula Canabarro, os animais da espécie pinguim-de-magalhães se reproduzem na Patagônia argentina e, nessa época, migram para o Sul e Sudeste do Brasil.
- Recebemos o primeiro animal coberto por óleo em 2018. Nos últimos anos, não temos recebido muitos pinguins, o que foge do padrão das duas últimas décadas. É um bom sinal, pois pode ser que eles não estejam sofrendo nenhum impacto (contaminação por óleo ou contaminação por resíduos sólidos) no mar - afirmou Paula.
O processo para recuperação do pinguim juvenil teve início na última semana, quando o animal chegou ao Centro. Ele estava debilitado e o tratamento padrão já iniciou com hidratação, alimentação e dois tipos de medicação periódicos. O ganho de peso já foi constatado: a balança registrou 3,2 kg nesta quinta-feira (12). Em sua chegada, na semana passada, o animal pesava um pouco mais de 2,5kg. Após recuperar sua boa condição, o próximo passo é o processo de despetrolização, que é a retirada do óleo do corpo.
Após todo o procedimento, o primeiro pinguim de 2018 se junta a outro que está no Cram desde o ano passado. O ideal é que um grupo entre oito a dez animais seja formado para a soltura no mar.