Foram sepultados na manhã desta sexta-feira (28) os quatro jovens que morreram em um acidente de carro na BR-293, em Candiota, na Região da Campanha. A despedida aconteceu no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé. Eles estavam em um Gol, com placas de Hulha Negra, quando colidiram frontalmente com um Troller T4, de Bagé, na quinta-feira (27).
O acidente aconteceu por volta das 7h, no quilômetro 139 da rodovia. Os jovens foram identificados como Rafael Lima, 25 anos, Kauã Ribeiro Rodrigues, 18, e Yüri Goncalves Mota, 19, de Bagé, além de Grazieli Araújo Rangel, 23 , natural de Santana do Livramento. Outras três pessoas ficaram feridas. Elas eram ocupantes do Troller T4 e foram levadas para atendimento médico em Bagé.
De acordo com o delegado Guilherme Fagundes Nunes, a investigação da Polícia Civil verificou preliminarmente que o Gol teria tentando realizar uma ultrapassagem, quando acabou colidindo.
Segundo o delegado, o carro trafegava atrás de uma carreta e não conseguiu vencer a ultrapassagem, batendo contra o Troller, que ia no sentido contrário. A colisão teria acontecido no acostamento da pista.
— Pela posição dos veículos, pode-se deduzir que o motorista do Troller tentou retirar o veículo para o acostamento, mas não conseguiu evitar a colisão — analisa o delegado.
Segundo o chefe da delegacia de polícia da PRF de Santana do Livramento, Valmir Souza, a via era em linha reta, sem curvas e permitia ultrapassagem.
Ainda não se sabe de onde os jovens vinham nem para qual destino iam. A investigação segue em andamento, aguardando a elaboração do laudo pericial do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Quem era Kauã
Entusiasmado pela música que produzia e um irmão amado. É assim que a supervisora pedagógica Carmen França define Kauã Ribeiro Rodrigues, 18 anos. Vítima mais jovem do acidente, ele estudava na escola Félix Contreiras Rodrigues, em Bagé.
Kauã cursava uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e costumava levar os dois irmãos para a escola. Segundo a supervisora, o jovem gostava de fazer rap e era um aluno calmo e quieto em sala de aula.
— (Kauã era) um guri entusiasmado pela música que fazia, com sonhos de viver como gostava e um irmão amado. Ele ia para a escola sempre acompanhado de seu irmão e de sua irmã e era responsável por eles na escola — comenta.
Nas redes sociais, a escola se manifestou sobre o ocorrido: