Municípios do Vale do Sinos estão mobilizados para a duplicação do “trecho da morte” da BR-116, entre Novo Hamburgo/Estância Velha e Dois Irmãos. Em reunião da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag), na manhã desta quarta-feira, ficou decidido o envio de uma comitiva ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para uma audiência sobre o tema na próxima segunda-feira.
O trecho de 12,8 quilômetros da rodovia é de pista simples e com várias curvas fechadas, subidas e descidas, com a parte mais crítica situada entre os quilômetros 227 e 235. Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 38 acidentes aconteceram no trecho somente em 2023, sendo que em pelo menos nove deles resultou em mortes. Na tarde de segunda-feira (7), uma pessoa morreu na colisão de um carro em um caminhão em Estância Velha.
A definição exata do trecho a ser duplicado depende do governo federal. No entanto, as lideranças da região pedem que a melhoria compreenda desde o cruzamento com a RS-239, no limite entre Estância Velha e Novo Hamburgo, até o trevo do acesso norte a Dois Irmãos.
Além da duplicação, também será pedida a construção de uma passarela entre os bairros Roselândia, em Novo Hamburgo, e Rincão Gaúcho, em Estância Velha, além de acessos seguros aos bairros e a melhoria nas entradas de empresas ao longo do percurso. Medidas emergenciais para prevenir acidentes também serão solicitadas.
Além da segurança, também há preocupação com a má-fama da rodovia:
— É um trecho tão bonito da Rota Romântica e agora é chamado de "Estrada da Morte". Isso prejudica demais o turismo da região. Agora vai começar a afetar economicamente também — argumenta o prefeito de Estância Velha e presidente da Amvag, Diego Francisco.
Conforme o prefeito, já existe um esboço de projeto para a duplicação do trecho. A obra estaria estimada em R$ 500 milhões.