Desde as primeiras horas da manhã, a secretaria de Obras e Serviços Públicos Urbanos de Caxias do Sul recebe relatos de problemas na cidade. Entre os principais, segundo o secretário Norberto Solleti, está o do bairro Pio X, no entorno da Rua Floriano Prezzi. Neste caso específico, de acordo com o secretário, foi feito o revestimento de uma parte do canal, mas outra parte está aberta e obstáculos acabam represando água e alagando casas. Segundo Soletti, nessa região é preciso fazer um túnel pluvial nas proximidades da Matteo Gianella com a Rua Carlos BIanchini, mas a obra de grande porte está orçada em cerca de R$ 15 milhões e o município vai ter de buscar financiamento do governo federal para o projeto.
Outro ponto com problema é no bairro São Caetano na Rua Ernesto Gobatto esquina com a Cantidio Ribeiro de Lima. Fica em uma baixada, onde prédios foram edificados. Conforme o secretário, a rede que existe ali é insuficiente e a área técnica está fazendo projeto e ver a possibilidade de resolver o problema.
Equipes da secretaria também verificam o caso da Rua Antonio Broilo, no antigo Pena Branca, no bairro Cruzeiro. O pátio de uma empresa de materiais de construção foi atingido. Neste ponto, rompeu uma galeria. A equipe deve avaliar agora se é um pequeno trecho em que é possível recuperar com força própria da prefeitura ou se é uma obra de grande porte que exigirá maior planejamento.
Exemplo de um problema mais fácil de resolver é o da rotatória do bairro São Leopoldo, onde a grama cobre as grades da boca de lobo e uma limpeza resolveria a situação, de acordo com o secretário.Soletti aponta também casos em que somente a diminuição da chuva vai normalizar os alagamentos, como na Rua Guido D'Andréia, no bairro Marechal Floriano,alguma ruas no bairro Floresta e até mesmo do Centro, na Vinte de Setembro, entre a Borges de Medeiros e a Dr. Montaury, além de outros bairros, conforme aponta o secretário:
"Em ruas mais planas, como as do São José, Pio X e Santa Catarina, quando enchem, tanto o Arroio Dal Bó quanto o Tega, dá uma espécie de refluxo e não se consegue escoar a água. Assim que parar de chover, o canal baixa. Quando dá uma chuva assim desproporcional, é difícil que se tenham galerias que possam suportar. Já foram feitas retificações de alguns canais, que foram afundados e alargados. E uma chuva assim, às vezes, cria problemas em lugares em que nunca antes havia aparecido", destacou.
Entre obras mais estruturais, Soletti garante que os piscinões na Rua Mário Lopes, no bairro Fátima Baixo, e na Visconde de Pelotas, no bairro Pio X, estão em andamento. O do bairro Fátima Baixo têm previsão de término para o fim de setembro e o da Visconde para o final do ano, conforme ele. O decreto de contenção de despesas que paralisou obras na cidade não atingiu estes projetos, garante o titular de Obras. Porém, ele ressalta que em função da queda de arrecadação do município, o foco tem sido a manutenção da cidade e não novas obras.