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Rachaduras, trincas e outros defeitos já atingiram todos os corredores do sistema BRT (bus rapid transit) de Porto Alegre - que nem sequer entrou em operação, ainda. Os defeitos descobertos mais recentemente foram os da Avenida João Pessoa. A prefeitura já identificou os trechos problemáticos e avisará a empreiteira para refazê-los.
Os problemas começaram a ser percebidos meses atrás. Depois de prontos, alguns trechos passaram a ser quebrados pelas empreiteiras para serem refeitos, causando estranheza na população. A prefeitura não está pagando o retrabalho, mas as obras estariam mais adiantadas caso não houvesse esse percalço, o que atrasa ainda mais o início da operação dos ônibus BRT. Além disso, a circulação dos ônibus está prejudicada porque os veículos têm de deixar os corredores nas partes afetadas.
Atualmente, o corredor da Avenida Padre Cacique é o único que foi totalmente recuperado. Ele foi liberado em meados de novembro. Os das avenidas Bento Gonçalves e Protásio Alves têm algumas partes em conserto por terem estragado antes da entrega integral dos corredores. A reforma no da João Pessoa ainda não começou. O engenheiro civil José Carlos Keim, coordenador das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), disse que a prefeitura espera ter tudo arrumado em janeiro de 2015, permitindo a continuidade da construção dos corredores.
Keim disse que o percentual do piso com defeito é pequeno diante do total, de 5% na Protásio Alves e de 3% a 4% na João Pessoa. Ele afirmou que os defeitos surgiram na execução das obras:
- Esse problema pode acontecer em obras. Por causa da temperatura muito elevada, por exemplo. Tem que estar sempre molhando as placas, mas chegou a fazer 40°C (o que seca o piso muito rapidamente). As juntas também podem não ter sido cortadas em tempo hábil.
No local de uma das obras de reconstrução das placas, um operário observou que não havia armação metálica no concreto. Keim assegurou que isso não causaria os defeitos. Engenheiro da Conpasul, empresa responsável pela obra da Protásio Alves, Luiz Antonio Soares ressaltou que o motivo dos estragos não foi analisado pela empresa.
- Trincou, talvez, por causa da cura do concreto - completou, seguindo a explicação dada por Keim.
Detalhe da camada de concreto na Avenida Protásio Alves
Foto: André Mags
Confira os prazos atualizados das obras, conforme o blog Estamos em Obras:
01) BRT Bento Gonçalves
Trecho: Avenidas Antonio de Carvalho e Princesa Isabel.
Comprimento: 5.955 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (corredor de ônibus).
Investimento: R$ 13.976.983,83.
Início: 14 de Março de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 18 meses.
Nova previsão de conclusão: Março de 2015.
Empreiteira: Consórcio Contepa (Conpasul e Sultepa).
Percentual atual de execução da obra: 98%.
02) BRT Protásio Alves
Trecho: Rua Saturnino de Brito até a Rua Sarmento Leite.
Comprimento: 6.850 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (Corredor de ônibus).
Investimento: R$ 15.240.010,67.
Início: 12 de Março de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 18 meses.
Nova previsão de conclusão: Março de 2015.
Empreiteira: Consórcio Contepa (Conpasul e Sultepa)
Percentual atual de execução da obra: 92%.
03) BRT João Pessoa
Trecho: Entre a Avenida Bento Gonçalves e a Rua Desembargador André da Rocha.
Comprimento: 3.346 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (corredor de ônibus).
Investimento: R$ 5.310.565,27.
Início: 28 de Setembro de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 12 meses.
Nova previsão de conclusão: Julho de 2015.
Empreiteira: Consórcio Giovanella e Construtora Brasília-Guaíba.
Percentual atual de execução da obra: 60%.
Corredor da Avenida Padre Cacique foi liberado em meados de novembro
Foto: André Mags