A sinaleira do terminal Touring da avenida João Pessoa, em Porto Alegre, será trocado em um mês. O sinal, em frente ao Parque da Redenção, fica sempre em amarelo piscante e nunca fecha para os ônibus ou abre para os pedestres. No local, em cima da faixa de segurança, aconteceram dois atropelamentos em menos de 15 dias . Em um dos casos, Fátima dos Santos, de 52 anos, morreu atropelada por um coletivo.
Agora, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) vai substituir o equipamento por um convencional, ou seja, que fecha para os veículos e abre para os pedestres. A expectativa da empresa é que o serviço esteja concluído em um mês. Também serão substituídos outros cinco sinais chamados intermitentes que ainda funcionam na capital.
A EPTC, no entanto, não relaciona a substituição aos atropelamentos. De acordo com a empresa, a troca já deveria ter sido feita, já que as sinaleiras desse tipo datam da década de 1970. Os problemas nas placas dos BRTs nos corredores de ônibus atrasaram o trabalho. A gerente de planejamento de trânsito e circulação da EPTC, Carla Meinecke, admite que esse tipo de travessia não é o ideal para o pedestre e faz um apelo para quem atravessa a rua, mas principalmente para os motoristas.
“Esse tipo de travessia funciona como um acordo. É preciso que o ônibus ceda espaço para o pedestre, o que nem sempre acontece. O pedestre, por sua vez, também precisa estar atento nesse tipo de travessia.”
Em 2014, ônibus e lotações foram responsáveis por 22% dos atropelamentos com morte em Porto Alegre. De primeiro de janeiro até esse momento, oito pessoas morrem atropeladas nessas condições.