
A EcoRodovias, operadora com a maior extensão de malha rodoviária do Brasil, anunciou um reposicionamento de marca a partir de março. Com ele, todas as 12 concessionárias do grupo passaram a adotar o nome Ecovias seguido de um complemento regional. Assim, a unidade gaúcha, antes chamada de Ecosul, foi rebatizada para Ecovias Sul.
A mudança visa reforçar a ideia de unidade e coesão das operações, buscando fortalecer o reconhecimento de marca, facilitar a captação de recursos no mercado, aumentar a proximidade com os usuários, estreitar o relacionamento com governos e potencializar a aquisição e a retenção de talentos. A transformação também inclui uma modernização completa da identidade visual, do tom de voz e dos materiais institucionais da empresa.
– Somos a maior empresa de concessão rodoviária do Brasil, administramos 4,8 mil quilômetros de extensão em oito Estados, e praticamente dobramos de tamanho nos últimos anos. Esse movimento é importante para reforçar que nossas operações trabalham sob os mesmos valores e com a mesma qualidade em qualquer lugar – salienta o coordenador de comunicação institucional do Grupo EcoRodovias, Ivan Rodrigues.
A decisão de unificação da marca se aplica a todas as concessionárias do grupo com contratos vigentes, independentemente do prazo de término. No caso da Ecovias Sul, a empresa seguirá operando normalmente até 3 de março de 2026 – data final do contrato. Conforme a concessionária, a mudança não impactará os serviços prestados nem as obrigações assumidas, garantindo a continuidade do atendimento aos usuários com os mesmos padrões de qualidade e segurança.
Importância regional
A Ecovias Sul, responsável pela administração dos trechos da BR-116 (entre Camaquã e Jaguarão) e da BR-392 (entre Rio Grande e Santana da Boa Vista), atua em um dos corredores logísticos mais estratégicos do Rio Grande do Sul. A importância desse trecho para os gaúchos é enorme por vários motivos. Entre eles:
- Integração logística e escoamento da produção: a região atendida conecta zonas de produção agrícola e industrial com os portos de Rio Grande, fundamental para exportações. É rota de escoamento de grãos, carnes, madeiras e produtos químicos e industrializados, essenciais para a economia do Estado.
- Mobilidade e conexão regional: as BRs 116 e 392 integram municípios da Zona Sul com a Região Metropolitana de Porto Alegre, facilitando o deslocamento de pessoas, bens e serviços. Viabilizam o acesso a centros urbanos, universidades, hospitais e serviços públicos, promovendo o desenvolvimento social.
- Sustentabilidade e preservação ambiental: a concessão inclui ações de monitoramento de fauna, sinalização adequada e manutenção das faixas de domínio, o que ajuda a preservar o bioma Pampa. Projetos ambientais desenvolvidos contribuem para a redução de atropelamentos de animais silvestres e preservação de corredores ecológicos.
- Segurança viária e infraestrutura: a gestão da Ecovias Sul promove a melhoria da infraestrutura, com ações de manutenção, duplicações e sinalização que aumentam a segurança dos usuários. Os serviços operacionais da concessionária – como atendimento 24h, guinchos, ambulâncias e monitoramento – salvam vidas e reduzem o impacto de acidentes.
Ainda é válido ressaltar que a presença da Ecovias Sul na região gera 640 empregos diretos e 5 mil indiretos, além de fomentar o turismo, o comércio e a indústria locais, impulsionando a economia dos municípios do trecho, inclusive com o repasse anual de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), que somou R$ 29 milhões em 2024.