A Universidade Kaist, na Coreia do Sul, desenvolveu um exoesqueleto robótico que promete revolucionar a mobilidade para pessoas paraplégicas. O protótipo WalkON Suit F1 auxiliou o pesquisador Seunghwan Kim, que não possui o movimento dos membros inferiores, a voltar a caminhar.
A caminhada pioneira ocorreu na quarta-feira (30) durante a Olimpíada Cybathlon, voltada à tecnologia para mobilidade, quando o projeto conquistou medalha de ouro na categoria exoesqueletos e terceiro lugar na competição geral. Outros dois equipamentos similares desenvolvidos por pesquisadores da Kaist já haviam sido premiados em edições anteriores da competição, com medalha de ouro em 2016 e bronze em 2020.
Desenvolvido pelo departamento de Engenharia Mecânica da universidade, o novo exoesqueleto se destaca por sua capacidade de se ajustar sozinho ao corpo do usuário, sem a necessidade de assistência externa. O WalkON Suit F1 incorpora um sistema de controle de peso adaptável à gravidade, permitindo ao usuário levantar-se e caminhar sem o auxílio de bengalas.
Além disso, está equipado com tecnologia de reconhecimento de obstáculos, o que possibilita a locomoção entre diferentes ambientes. O sistema permitiu um feito inédito na Cybathlon: a equipe sul-coreana foi a única que completou todas as etapas da prova, com movimentos entre cadeiras, portas e caminhada na esteira, por exemplo.
— Estou muito emocionado por poder apresentar a melhor tecnologia de robô vestível do mundo, da Coreia, com meu próprio corpo — expressou Seunghwan Kim, pesquisador paraplégico que completou o percurso do Cybathlon com o exoesqueleto.
As premiadas pesquisas são lideradas pelo professor Kyoung-Chul Kong.