Caso até a noite desta quinta-feira (26) o X (antigo Twitter) não indique um novo representante legal no Brasil, as atividades da rede social serão suspensas em todo país, conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Se isso ocorrer, será o primeiro caso após oito anos, mas não é um fato inédito na história das redes sociais no país. Relembre outros bloqueios e até prisões ocorridas após decisões judiciais.
- Por não cumprir decisão judicial para despublicar um vídeo íntimo da modelo Daniela Cicarelli em 2007, o Youtube, plataforma de vídeos do Google, foi derrubado durante 24 horas. O desembargador Ênio Santarelli Zuliani pediu explicações à empresa, pois o vídeo foi bloqueado e não retirado do ar.
- Em 2012, o presidente do Google Brasil chegou a ser detido na sede da Polícia Federal em São Paulo, depois que vídeos acusando o prefeito de Campo Grande (MS) de cometer crimes foram disseminados no Youtube. Um termo circunstanciado de ocorrência foi assinado e o executivo, liberado. Na época, foi avaliado possível bloqueio da plataforma de vídeos no Mato Grosso do Sul.
- Em 2014, o aplicativo Secret foi retirado de vez das lojas oficiais da Apple após determinação da 5ª Vara Cível de Vitória (ES). O Ministério Público entendeu que os segredos divulgados de forma anônima geravam constrangimentos ilícitos contra a honra, sem chance de defesa.
- Novo episódio de bloqueio de uma rede social aconteceu em 2015 e envolvia um dos aplicativos mais populares do país. Apesar de a decisão determinar que o WhatsApp ficasse fora do ar por dois dias, o app voltou a funcionar depois de 12 horas. O motivo foi descumprir ordens de fornecimento de informações à polícia, que buscava provas contra uma rede de tráfico de drogas e crime organizado.
- O vice-presidente do Facebook na América Latina chegou a ser preso em março de 2016, em São Paulo, a pedido da justiça de Sergipe. Na época, o motivo também foi o compartilhamento via WhatsApp de informações por supostos traficantes de drogas não entregues à justiça.