Ter uma casa automatizada não é sinônimo de investimento alto. O avanço dos dispositivos inteligentes fez com que opções econômicas ficassem disponíveis ao consumidor. Na maioria dos casos, a instalação e configuração da rede podem ser feitas pelo próprio morador.
Vídeos em redes sociais são auxiliares na construção de uma casa inteligente, ou seja, um imóvel capaz de integrar dispositivos que podem ser controlados por comando de voz ou smartphones.
Francisco Bittencourt, 42 anos, investiu R$ 4 mil desde 2018 para automatizar a casa. O gasto foi apenas nos dispositivos, pois o publicitário fez a instalação e a configuração da rede.
— Os produtos têm tutoriais fáceis, quando você os lê com atenção. Os softwares dos assistentes também te guiam bem no passo a passo. A instalação fica fácil. À medida que o mercado avança e novas marcas aparecem, esse tipo de produto fica mais barato — diz o morador da zona norte de Porto Alegre.
O publicitário tem dois Google Home – assistente virtual que integra os dispositivos – aspirador robô, um terminal infravermelho para controlar a televisão e o ar-condicionado, lâmpadas e controladores de potência.
Para ele, o investimento e o tempo dedicado à instalação dos dispositivos significaram conforto e praticidade na rotina.
— Posso simplesmente falar e as luzes acendem ou programo um horário para que elas sejam acionadas. O aspirador pode começar a funcionar pela casa. No verão, posso ligar o ar-condicionado e chegar com a casa já gelada — cita.
Segundo Aquiles Rossoni, professor do Curso de Engenharia Elétrica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC), não é preciso mudar toda a instalação elétrica da casa para receber os dispositivos, ainda que adaptações possam ser necessárias. Porém, é importante ter cuidado para não sobrecarregar a rede:
— Trocar uma lâmpada ou ar-condicionado por dispositivos novos não vai afetar a instalação elétrica. Se adicionar mais equipamentos, como câmeras, persianas, irrigação para jardim, coisas que façam consumir mais energia, é indicado avaliar a situação com um profissional que entenda do assunto.
Como deixar sua casa inteligente?
Aos interessados no tema, Maiqui Mascarello, engenheiro e fundador da Akilli, que atua no ramo de casas inteligentes, diz que é importante escolher marcas confiáveis. Outra dica é verificar a compatibilidade dos produtos pretendidos com assistentes virtuais, os "cérebros" da automação.
Mascarello cita alguns dispositivos que podem ser adquiridos por iniciantes:
- Fitas LED e lâmpadas inteligentes: oferecem controle via aplicativos de smartphone ou comandos de voz. Permitem ajustar o brilho e a cor da luz e facilitam programações de iluminação
- Tomadas inteligentes: permitem o controle de dispositivos convencionais – como ventiladores e cafeteiras – por meio do smartphone. É uma solução econômica para automatizar aparelhos sem conectividade nativa
- Assistentes virtuais: equipamentos como Alexa, da Amazon, ou Google Nest oferecem controle por voz para controlar os dispositivos inteligentes da casa
- Câmeras wi-fi: acessíveis e eficazes para monitoramento remoto da residência pelo smartphone
- Sensores de movimento de porta/janela: detectam movimentos ou abertura de portas e janelas; são capazes de se integrar a sistemas de segurança e acionar luzes
- Internet de qualidade: ter cobertura adequada em toda a casa é importante para suportar os dispositivos inteligentes