A construção das pirâmides do Antigo Egito sempre fascinou estudiosos e entusiastas, desafiando a compreensão sobre as técnicas utilizadas pelos antigos egípcios. Recentemente, uma nova teoria chamou a atenção ao sugerir que um sofisticado sistema de elevação hidráulica pode ter sido usado para erguer as pesadas pedras da Pirâmide de Degraus, construída para o faraó Djoser por volta do século 27 a.C.
Segundo reportagem da CNN, o estudo publicado na revista PLOS One, é o primeiro a detalhar um sistema hidráulico que aproveitaria água armazenada para flutuar pedras através do eixo vertical da pirâmide.
Para isso, pesquisadores desenvolveram uma cartografia do local e observaram marcas antigas de uma bacia hidrográfica que, com a água da chuva, convergia em um segmento chamado Abusir. Em um ponto desse rio, existia uma estrutura chamada de Gisr el-Mudir, com cerca de dois quilômetros de comprimento. A suposição é de que ela teria servido como uma barragem para controlar o fluxo do rio, além de filtrar sujeiras presentes nas águas.
A água seria então direcionada para uma espécie de fosso. O novo estudo aponta que esse compartimento poderia ser uma espécie de elevador. Quando ele enchia de água, uma plataforma com rochas eram suspensas de modo a possibilitar a construção da pirâmide.
Período mais úmido
A análise também indica que, na época da construção da Pirâmide de Degraus, o deserto do Saara era mais úmido do que hoje, com condições semelhantes a uma savana que sustentava vegetação mais abundante. Essa umidade poderia ter fornecido água suficiente para sustentar o sistema hidráulico.
Embora a nova teoria seja uma solução engenhosa, alguns egiptólogos não estão completamente convencidos, pois a teoria mais amplamente aceita é de que os antigos egípcios usaram rampas e dispositivos de tração para colocar os blocos pesados no lugar.