Pela terceira noite consecutiva, observadores de várias partes do mundo têm a oportunidade neste domingo (12) de admirar magníficas auroras polares provocadas por uma histórica tempestade solar.
Da Áustria à Califórnia, da Rússia à Nova Zelândia, fotografias iluminadas de azul, laranja ou rosa estão tingindo as redes sociais desde o início do fim de semana.
Esse fenômeno, visível até mesmo no hemisfério sul, como na Terra do Fogo na Argentina, é causado por ejeções de partículas do Sol, que desencadeiam tempestades geomagnéticas quando atingem a Terra.
Segundo a Agência de Observação Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, foram observadas condições associadas a uma tempestade geomagnética de nível 5, o máximo na escala utilizada, na noite de sexta-feira e novamente no sábado, pela primeira vez em 20 anos.
"Uma nova e grande tempestade solar está a caminho da Terra e espera-se que chegue hoje, fiquem atentos!", escreveu Eric Lagadec, astrofísico do Observatório da Costa Azul, na rede social X.
Poucas perturbações
A intensidade desse fenômeno "pegou todos um pouco de surpresa", disse à AFP Mathew Owens, professor da Universidade de Reading.
As autoridades manifestaram preocupação com as possíveis consequências para as redes elétricas e de comunicação, mas até o momento não foram observadas perturbações significativas.
Atualmente, o Sol está próximo de sua máxima atividade, um ciclo que se repete a cada 11 anos.
As erupções solares, chamadas ejeções de massa coronal, que podem levar vários dias para alcançar a Terra, estão provocando o evento atual, criando auroras polares quando entram em contato com o campo magnético do nosso planeta.
A última tempestade geomagnética de nível 5 observada foi em outubro de 2003, um episódio apelidado de "tempestades de Halloween".
Também conhecida como evento Carrington, a maior tempestade solar já registrada ocorreu em 1859, segundo a Nasa, e interrompeu gravemente as comunicações telegráficas.