A prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (14) que entrou com uma ação judicial contra as empresas que administram as redes sociais como Facebook, Instagram, TikTok, Snapchat e YouTube, por alimentarem uma crise na saúde mental das crianças e jovens. As informações são do jornal norte-americano ABC News.
A ação, de 311 páginas, é movida no Tribunal Superior da Califórnia, nos Estados Unidos, onde as empresas estão sediadas. O objetivo do processo é que a conduta das empresas seja considerada, pelo tribunal, como insuficiente para evitar eventuais problemas na saúde mental nas crianças e jovens, gerando, dessa forma, um tensionamento para melhorias nas plataformas e uma compensação monetária não especificada.
De acordo com o gabinete do prefeito de Nova York, Eric Adams, a cidade gasta mais de US$ 100 milhões em programas e serviços de saúde mental para jovens todos os anos.
“Ao longo da última década, vimos quão viciante e opressor o mundo online pode ser, expondo os nossos filhos a um fluxo ininterrupto de conteúdos nocivos e alimentando a nossa crise nacional de saúde mental juvenil”, assinala o processo.
Histórico
Essa é mais uma ação contra as empresas de rede social, que têm sido fortemente questionadas por suas políticas de regulação de conteúdos nocivos para jovens.
No final do mês passado, o presidente-executivo da Meta (empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Mark Zuckerberg, pediu desculpas no Senado dos Estados Unidos durante audiência sobre os perigos das redes sociais para crianças e adolescentes. Na mesma sessão participaram representes das redes TikTok, Snapchat, Discord e X.
Na ocasião, as grandes empresas de tecnologia foram acusadas de não fazerem o suficiente para limitar os riscos em suas plataformas. Várias vítimas participaram da sessão e prestaram depoimentos. Os dirigentes das empresas presentes prometeram melhorias nas plataformas e maiores investimentos nas equipes de segurança digital.