O abastecimento de energia elétrica no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) segue instável. Após nova falha no fornecimento de energia elétrica, registrada na tarde de quarta-feira (14), a CEEE Equatorial garante que “a rede que hoje atende a UFRGS tem capacidade plena de atendimento das necessidades da universidade”.
Na segunda-feira (12), devido a ruptura de dois cabos subterrâneos, o campus sofreu interrupção do abastecimento que gerou grandes prejuízos e um novo ponto de suprimento de luz foi viabilizado pela CEEE Equatorial.
Professores da instituição, no entanto, relatam preocupação com o novo ponto de suprimento de luz viabilizado pela concessionária de energia. De acordo com os profissionais, a subestação é antiga e foi desativada porque apresentava problemas, como a falta de energia recorrente. Por isso, acreditam que a mesma não vai comportar a demanda da universidade.
Conforme a empresa, o alimentador do Campus do Vale tem 480 amperes de capacidade de atendimento, sendo que a carga máxima usada costumeiramente pela universidade é de 250 amperes. “Ou seja, seria possível atender quase o dobro da necessidade da instituição”, destaca o texto.
Sobre a solução definitiva, a CEEE informa que mantém contato com a CPFL, para "acompanhar os procedimentos necessários sobre os reparos dos circuitos que foram danificados e para que estes reparos sejam realizados no menor tempo possível. Os primeiros pareceres da transmissora informam que a situação será solucionada até o final da próxima semana", finaliza o texto.
Questionada pela reportagem de GZH sobre a conclusão do conserto dos cabos rompidos, a CPFL Energia respondeu, por meio de nota, que está trabalhando na recomposição dos mesmos, mas destacou que se trata de um serviço complexo e totalmente dependente das condições climáticas, que "está sendo feito no menor tempo possível".
A empresa também informou que segue acompanhando o caso da UFRGS, ressaltando que "o fornecimento de energia para universidade não depende do cabo rompido, e neste momento é realizado normalmente pela distribuidora local".
Nova falha no abastecimento
Na quarta-feira, conforme relatos de professores e funcionários do local, a falta de luz durou algumas horas. O problema foi ocasionado por galhos de árvores que encostaram nos fios, fazendo com que pegassem fogo. A resolução foi providenciada pela CEEE Equatorial logo depois.
— Tiveram que cortar a energia para fazer podas. Fizeram e restabeleceram a energia no início da noite de ontem (quarta-feira) — afirma Paulo Vitor Dutra, vice-diretor da Faculdade de Agronomia, ressaltando que não houve falta de luz nesta quinta-feira (15).
Em nota, a CEEE Equatorial confirmou que foi registrada uma ocorrência que causou o desligamento do alimentador que está atendendo as cargas da UFRGS. Também informou que o defeito interno (vegetal encostando na rede e pegando fogo) foi localizado e resolvido na quarta-feira mesmo.
A empresa acrescenta que, de todo modo, as equipes da CEEE Equatorial seguem à disposição da UFRGS, para auxiliar os técnicos da universidade a identificar outras fragilidades nos circuitos internos que possam existir.
O apagão no Campus do Vale
Na segunda-feira, a interrupção do fornecimento na linha de transmissão que atende o Campus do Vale da UFRGS foi identificada pela CEEE Equatorial por volta das 14h30min. O motivo do problema foi a ruptura de dois cabos subterrâneos, ocorrida durante obra de escavação da empresa CPFL Energia, dentro do pátio de subestação da empresa.
Um novo ponto de suprimento de luz foi viabilizado pela CEEE Equatorial durante a madrugada, enquanto a rede foi disponibilizada aos técnicos da universidade às 13h30min de terça-feira. O restabelecimento total da energia ocorreu mais tarde, às 19h. No entanto, o conserto definitivo dos dois cabos subterrâneos deve levar alguns dias, conforme o vice-diretor da Faculdade de Agronomia, Paulo Vitor Dutra.
A falta de energia provocou perdas de equipamentos, insumos e pesquisas com plantas e animais que exigiram alto investimento financeiro e meses de dedicação. Os diretores das faculdades que integram a unidade ainda estão tentando contabilizar os impactos de cada setor, mas a estimativa dos profissionais ouvidos pela reportagem é de que o prejuízo já esteja na casa dos milhões de reais.
Confira a nota da CEEE Equatorial na íntegra
"A rede que hoje atende a UFRGS tem capacidade plena de atendimento das necessidades da universidade. Falando em termos técnicos, hoje o alimentador da universidade no campus Agronomia tem 480 amperes de capacidade de atendimento, sendo que a carga máxima usada costumeiramente pela universidade é de 250 amperes. Ou seja, seria possível atender quase o dobro da necessidade da instituição.
De todo modo, as equipes da CEEE Equatorial seguem à disposição da UFRGS, para auxiliar os técnicos da universidade a identificar outras fragilidades nos circuitos internos que possam existir. A CEEE informa que mantém contato com a CPFL, para acompanhar os procedimentos necessários sobre os reparos dos circuitos que foram danificados e para que estes reparos sejam realizados no menor tempo possível. Os primeiros pareceres da transmissora informam que a situação será solucionada até o final da próxima semana."
Confira a nota da CPFL Energia na íntegra
"A CPFL segue acompanhando o caso da UFRGS e ressalta que o fornecimento de energia para Universidade não depende do cabo rompido, e neste momento é realizado normalmente pela distribuidora local.
Quanto ao reparo dos cabos, a empresa informa que está trabalhando na recomposição dos mesmos, que foram rompidos na subestação Porto Alegre 6. Esse é um serviço complexo, inclusive totalmente dependente das condições climáticas, e está sendo feito no menor tempo possível."