Cerca de 250 gramas de rochas do asteroide Bennu estão na Terra e há registros disso em altíssima resolução. Após quatro meses de tentativas – até então falhas – de desmontar o amostrador OSIRIS-REx, que capturou as amostras, uma equipe do Centro Espacial Johnson da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) enfim conseguiu abrir o equipamento. Com câmeras analógicas, dois fotógrafos fizeram registros com resolução que permite até dar zoom.
Com 487 metros de largura, Bennu é um pequeno asteroide que se aproxima da Terra a cada seis anos. Rico em carbono, tem rochas com abundância de água. Em setembro de 2023, o OSIRIS-REx pousou em Utah, nos Estados Unidos, com detritos do asteroide e desde então a Nasa tentava abrir o equipamento.
Os pesquisadores já haviam coletado 70 gramas de poeira de Bennu, o que possibilitou os primeiros estudos. Mas, no dia 10 de janeiro, o equipamento com 250 gramas de rochas do astro foi aberto e agora possibilitará novos estudos.
Conforme a Nasa, as rochas espaciais dispõem de matéria que pode auxiliar a explicar como o globo terrestre foi formado e revelar informações importantes sobre o sistema solar. Chris Impey, cientista da Universidade de Arizona, estima que cada grama das rochas possa valer cerca de US$ 4,7 milhões, R$ 23,5 milhões na cotação atual, o que representaria 70 mil vezes mais do que a grama do ouro, avaliada em R$ 300.