Uma pesquisa concluiu que os altos índices de temperatura do verão de 2022 podem ter sido causa de mais de 70 mil mortes na Europa. O conteúdo foi liderado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona e publicado nesta segunda-feira (20) na revista The Lancet Regional Health.
Em um estudo anterior, publicado na Nature Medicine, a equipe já havia estudado a área a partir de dados semanais de temperatura e taxa de mortalidade em 35 países europeus. Naquele momento, foi estimado mais de 62 mil mortes prematuras relacionadas ao calor em 2022.
A pesquisa recente mostra que este número foi subestimado em 10,28%. De acordo com os novos cálculos, o índice real da mortalidade associada às temperaturas a partir de dados diários é de 70.066 mortes.
Para chegar a estes resultados, a equipe de cientistas utilizou registros das temperaturas e os índices de mortalidade em 16 países europeus, que incluem 147 regiões. Depois, analisaram e compararam os dados nos níveis diário, semanal, quinzenal e mensal.
O modelo diário estimulou 290.104 mortes prematuras relacionadas ao frio e 39.434 ao calor, no período de 1998 até 2004. Os dados semanais tinham sido menores, porém, os dados são usados pela facilidade de serem encontrados, diferente dos por dia, em que possuem uma grande burocracia para serem conseguidos pelos pesquisadores.