A Agência Espacial Americana (Nasa) divulgará um relatório sobre fenômenos anômalos não identificados, chamados de UAP, nesta quinta-feira (14), às 11h (no horário de Brasília). O documento visa estabelecer um roteiro para o estudo futuro desses eventos. O anúncio será transmitido ao vivo pelo site da Nasa e em seu canal no YouTube.
A sigla UAP é utilizada para substituir o termo OVNI, que se refere a objetos voadores não identificados. A ideia é desestigmatizar o tema. A Nasa define os UAP como "a observação de eventos no céu que não podem ser identificados cientificamente como aeronaves ou um fenômeno natural conhecido".
No ano passado, a agência norte-americana anunciou o lançamento de uma investigação independente, liderada por um grupo de cientistas e especialistas em aeronáutica. O objetivo não era analisar, um por um, os eventos observados ou tentar explicá-los, mas fazer recomendações sobre como estudá-los no futuro.
Nesta quinta, o relatório fica disponível online em science.nasa.gov/uap. Após a publicação, a agência espacial realiza a coletiva de imprensa na presença de seu diretor, Bill Nelson, do astrofísico que dirige a pesquisa, David Spergel, e de dois integrantes da Diretoria de Missões Científicas da Nasa
Embora reconheça a existência de tais eventos e a necessidade de levá-los a sério, a agência vem repetindo há um ano que não há evidências de que tenham origem extraterrestre. Durante uma reunião em junho, os especialistas sublinharam a necessidade de recolher mais dados, de uma forma muito mais rigorosa do que a feita até agora. Um membro do painel pediu a criação de uma unidade dedicada ao assunto dentro da agência espacial.
No início do trabalho, foram anunciados três objetivos. Em primeiro lugar, recolher toda a informação disponível publicamente, de governos, empresas privadas, associações e até de indivíduos. Em seguida, determinar quais dados estão faltando e qual a melhor forma de coletá-los. Por fim, pensar em quais são as melhores ferramentas para fazer análises no futuro.
Segundo alguns especialistas, assim, poderia se descobrir novos fenômenos físicos que explicariam certos fenômenos. A inteligência dos Estados Unidos e o Pentágono também investigaram a questão.