Melhor chuva de meteoros do ano. É assim que a NASA classifica a Perseidas, um fenômeno que vai ter seu pico na madrugada deste sábado (12). Devido a uma soma de condições, que incluem a posição do radiante (de onde os meteoros saem) e a fase da Lua, os meteoros serão bem visíveis em países do hemisfério norte.
Para os gaúchos que quiserem observar o céu, haverá possibilidade de ver alguns meteoros maiores. Em locais com menos luzes da cidade, há mais chances de visualização. Mas, para quem quiser acompanhar com detalhes, o aplicativo Stellarium funciona como planetário virtual que mostra o céu em qualquer localidade, data e horário.
O que é chuva de meteoros?
A chuva de meteoros é um fenômeno que acontece quando asteroides e cometas saem de locais, como a nuvem Oort, região mais distante do sistema solar. Estes asteroides e cometas se aproximam dos planetas e entram em órbita com o Sol. Na medida em que se aproximam, perdem massa, poeira e gases devido à alta temperatura e pressão — e estes elementos também acabam em órbita.
— Essa órbita (do Sol) fica com estes restos seguindo esse movimento elíptico. Quando a Terra cruza pela órbita, os pedaços dos asteroides ou cometas vão entrar no nosso planeta e vão queimar por causa do atrito com a atmosfera. Então, temos o que a gente chama de "estrelas cadentes", que são meteoros — explica Virgínia Mello Alves, professora no Instituto de Física e Matemática da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A chuva de meteoros deste final de semana leva o nome de Perseidas porque os meteoros saem de perto da Constelação do Perseus. Ela é originária do Swift Tuttle, um cometa que tem 26 quilômetros apenas de núcleo. O pico ocorre todo ano, em meados de agosto, época que contribui para a classificação de boa chuva de meteoros.
— Uma chuva de meteoros pode ter desde alguns poucos meteoros por hora até uma taxa de dezenas de meteoros. Isto define se a chuva será boa ou ruim. Soma-se a isso a fase em que a Lua está. Se a Lua está cheia, ela ilumina o céu e dificulta ver a chuva. Estamos em fase minguante, se encaminhando para nova, o que ajuda muito — explica Guilherme Frederico Marranghello, diretor do Planetário da Unipampa
Produção: Paula Appolinario