No último fim de semana ocorreu o ápice de visibilidade da chuva de meteoros Perseidas no Brasil. Durante esse período, foi possível avistar até 100 meteoros por hora, dependendo das condições de observação em cada localidade. O fenômeno continuará visível até o dia 24 de agosto, porém com uma intensidade reduzida em relação ao pico. As informações são do portal g1.
No Rio Grande do Sul, o tempo seco, frio e sem nuvens proporcionou a visualização da chuva de meteoros durante o fim de semana. Na madrugada de domingo (13), inclusive, câmeras do Observatório Espacial Heller & Jung registraram um meteoro fireball (caraterístico pelo brilho elevado) sobre a região sul do Estado. Com magnitude de –4,2 o fenômeno ingressou na atmosfera a uma altitude de 90 km, sendo extinto a 60 km de altitude.
De acordo com o professor Carlos Jung, se o céu permanecer sem nuvens durante a noite e madrugada, será possível observar a chuva até o final desta semana. A quantidade de meteoros registrada, afirma, ficou entre 80 a 90 por hora.
— Como essa é uma das grandes chuvas do ano, estamos sempre aguardando a possível queda de um meteoro maior, já que essa probabilidade aumenta quando a quantidade que entra na atmosfera é grande — comenta.
De maneira geral, as circunstâncias para a observação foram favoráveis, visto que a Lua estará em processo de afastamento máximo da Terra (previsto para o dia 16), criando um cenário de céu noturno idealmente escuro para realçar a magnitude desse espetáculo celeste.
Os meteoros Perseidas constituem uma parcela proveniente do cometa Swift-Tuttle, cuja última aparição ocorreu em 1991. O núcleo desse cometa possui um diâmetro de 26 quilômetros, mais de duas vezes maior que o corpo celeste que desencadeou a extinção dos dinossauros. Os meteoros saem de perto da Constelação do Perseus.
Conforme informações da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, esse cometa segue um ciclo de 133 anos para reaparecer na nossa esfera celestial, o que implica que sua próxima aparição está prevista somente para o ano de 2124.
O que é chuva de meteoros?
A chuva de meteoros é um fenômeno que acontece quando asteroides e cometas saem de locais, como a nuvem Oort, região mais distante do sistema solar. Estes asteroides e cometas se aproximam dos planetas e entram em órbita com o Sol. Na medida em que se aproximam, perdem massa, poeira e gases devido à alta temperatura e pressão — e estes elementos também acabam em órbita
Próximos eventos astronômicos
Durante a segunda metade deste ano, ocorrerão mais dois eclipses, uma superlua e seis chuvas de meteoros. A seguir, confira as datas correspondentes a cada um desses fenômenos:
Superluas e eclipses
- 31 de agosto — Superlua azul (visível em boa parte do país)
- 14 de outubro — Eclipse solar anular (visível em boa parte do país)
- 28 e 29 de outubro — Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país)
Chuvas de meteoros
- Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5
- Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10
- Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25
- Leônidas: ativa de 6 a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10
- Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150
- Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10