Um meteoro do tipo superbólido cruzou o céu de Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, na madrugada desta segunda-feira (28). A passagem do corpo celeste foi registrada por câmeras do Observatório Heller & Jung que ficam localizadas em Taquara e em Tramandaí.
Segundo o professor Carlos Jung, um dos fundadores do Observatório Heller & Jung, esse seria o maior meteoro superbólido em brilho e tamanho já registrado desde outubro de 2020. O corpo celeste ingressou na atmosfera a uma altitude de 124,8 quilômetros e teve uma duração de 1,8 segundos.
A queda e explosão do meteoro ocorreu às 3h48min, deixando um rastro luminoso no céu. Pouco antes da explosão, a magnitude, que é a medida do brilho, registrada pela Observatório foi de -12, mas segundo o professor, ao atingir o solo, a luminosidade aumentou significativamente, de modo que o corpo celeste pode ser classificado como superbólido.
Segundo dados do Observatório, esse corpo celeste é oriundo da chuva de meteoros "November eta Virginids".
O que é um meteoro bólido?
Os astrônomos costumam classificar os meteoros em bolas de fogo (Fireball, em inglês) e bólidos. Enquanto os primeiros são esferas grandes e brilhantes, os do segundo tipo são muito luminosos, deixam um rastro ionizado duradouro e explodem rapidamente.
Enquanto os meteoros bola de fogo apresentam uma magnitude aparente maior que -4, os bólidos tem uma magnitude igual ou superior a -14. Ainda há uma subclassificação entre os bólidos, os chamados superbólidos. Estes corpos celestes têm magnitude igual ou superior a -17.
Magnitude de meteoros
A magnitude mede o brilho de um meteoro a partir de um observador da Terra. Na escala, que varia de -27 a +30, quanto menor o valor, mais brilhante é o corpo celeste. Para efeitos de comparação, o Sol, que é o corpo celeste mais brilhante do Sistema Solar, tem magnitude aparente de -26,74, e a Lua, de -12,74.