Detritos de um grande foguete chinês reentraram na atmosfera da Terra sobre o Oceano Índico. Segundo a Agência Espacial Tripulada Chinesa informou na rede social Weibo, a maioria dos destroços queimou na reentrada no Mar de Sulu, entre a ilha de Bornéu e as Filipinas. Postagens em redes sociais registram o ingresso já na madrugada de domingo (31) no sudeste asiático.
A possibilidade, ainda que pequena, de que os destroços do foguete pudessem atingir uma área povoada levou pessoas de todo o mundo a rastrear sua trajetória por dias.
Segundo o jornal The New York Times, o administrador da Nasa Bill Nelson emitiu uma nota dizendo que a China “não compartilhou informações específicas de trajetória quando seu foguete Longa Marcha 5B caiu de volta à Terra”.
No domingo passado (24), a China lançou um foguete levando em órbita um módulo de laboratório que foi adicionado à estação espacial chinesa, Tiangong. Normalmente, os grandes estágios de propulsão dos foguetes caem imediatamente de volta à Terra depois de serem descartados. Mas o estágio principal de 23 toneladas da Longa Marcha 5B acompanhou o segmento da estação espacial até a órbita.
Por causa do atrito causado pela fricção do foguete contra o ar no topo da atmosfera, ele logo começou a perder altitude, fazendo o que é chamado de “reentrada descontrolada” de volta à Terra. Nos últimos dias, observadores espaciais projetaram reentradas potenciais em grande parte do planeta. No último dia, a previsão tornou-se mais precisa, mas mesmo assim os meteorologistas não tinham certeza se cairia sobre o Oceano Índico, no México ou no Atlântico.
Em Sarawak, uma província da Malásia na ilha de Bornéu, foram relatados avistamentos dos destroços do foguete. Muitas pessoas acreditavam se tratar de uma chuva de meteoros ou um cometa.