O Observatório Espacial Heller & Jung, localizado em Taquara, no Vale do Paranhana, registrou mais de mil meteoros sobrevoando o céu do Rio Grande do Sul desde 19 de abril. A média diária de fenômenos registrados por câmeras desde o início da chuva Eta Aquáridas, até esta madrugada desta sexta-feira (6), foi de 109 meteoros.
No total, 21 câmeras do observatório realizaram o registro dos meteoros desde o início da chuva, que deve continuar percorrendo o Brasil até 28 de maio.
Segundo o responsável pela instituição científica gaúcha, Carlos Fernando Jung, o ápice do fenômeno foi na madrugada de quinta-feira (5) para sexta-feira (6), entre 3h até às 5h30min da manhã. Este horário também é o melhor para visualizar as "estrelas cadentes" no céu de todo o país.
Quando a Nasa anunciou o evento astronômico chegando à Terra, previu que, com as condições climáticas favoráveis, seria possível visualizar entre 30 e 40 meteoros por hora durante o pico do fenômeno no Brasil.
O Heller & Jung foi criado no final de 2021 pelo professor Jung, que usou recursos próprios para abrir o local. Ele costuma passar as madrugadas observando meteoros a partir das câmeras — oito delas funcionam por 24 horas.
300 meteoros em SC
Um observatório no Estado vizinho também registrou a passagem de meteoros pelos céus. A estação de monitoramento de Monte Castelo, no norte de Santa Catarina, captou mais de 300 fenômenos espaciais rochosos, entre a noite de quarta-feira (4) e a madrugada de quinta-feira (5).
Ao menos 120 destes meteoros fazem parte da chuva Eta Aquáridas, que também atingiu o RS.