Uma gigante galáxia radiofônica que atinge 5 megaparsecs, ou 16,3 milhões de anos-luz de comprimento, foi descoberta por uma equipe de pesquisadores. O estudo documenta a estrutura do Alcyoneus, a maior já conhecida de origem galática, e será revisado por especialistas para, então, ser publicado no periódico Astronomy & Astrophysics.
A equipe liderada pelo cientista holandês Martijn Oei encontrou a galáxia utilizando o LOARF, um dos maiores telescópios existentes na Europa. Revelações como a desse estudo impulsionam os pesquisadores para uma maior compreensão, não só das gigantescas galáxias radiofônicas, mas também do meio intergaláctico.
O Alcyoneus contém uma galáxia hospedeira, que consiste em um aglomerado de estrelas, orbitando em um centro galáctico que engloba um buraco negro supermassivo, formando-se o sistema de gigante comprimento. Além disso, matérias plasmáticas expelidas da órbita do fenômeno espacial, ativo na velocidade da luz, formam a radiogaláxia.
Essas matérias se aquecem e emitem ondas na frequência de rádio, formando as chamadas plumas. Para conseguir visualizá-las, a equipe de pesquisadores precisou processar um conjunto de fotos de uma região imensa do cosmos, utilizando o poderoso telescópio e coincidir em um momento que as plumas não se apagavam na visão do vasto universo.
A descoberta do Alcyoneus quebra teorias sobre crescimento de galáxias, pois quase todas elas são encontradas por aglomerados e a parte radiofônica é identificada em filamentos. A prova disso se dá pela galáxia hospedeira interferir além da sua esfera.