A última etapa de montagem do Telescópio Espacial James Webb foi finalizada neste sábado (8). Como é muito grande para caber em um foguete, o equipamento foi lançado, na véspera de Natal, dobrado sobre si mesmo como um origami. Os últimos ajustes de abertura foram realizados a distância pela equipe técnica da Nasa.
Os engenheiros responsáveis finalizaram a montagem com a abertura e o travamento da segunda asa do espelho primário segmentado do telescópio. O espelho, cujo comprimento é de 6 metros e meio, foi instalado no topo de um foguete que tem uma coifa de cinco metros.
Além disso, o telescópio é constituído por cinco camadas de um escudo térmico, sendo que cada parte tem o tamanho equivalente ao de uma quadra de tênis. Para caber no foguete, as camadas tiveram que ser dobradas.
O processo de desdobramento das camadas do escudo começou na segunda-feira (3) e foi transmitido ao vivo. "As cinco camadas do escudo estão completamente esticadas", comemorou um funcionário do centro de controle do telescópio em Baltimore, Estados Unidos, em meio a aplausos de outros membros da equipe.
A Nasa compartilhou o momento nas redes sociais. "Duas semanas após o lançamento, @NASAWebb atingiu seu próximo grande marco: os espelhos foram implantados e o telescópio da próxima geração assumiu sua forma final. O próximo passo para Webb? Cinco meses de alinhamento e calibração antes de começarmos a obter as imagens", escreveu a agência espacial.
Cronograma
A próxima etapa envolve os ajustes em cada um dos 18 segmentos do espelho primário. Para realizar a operação, os segmentos serão apontados para uma estrela de referência e serão colocados atuadores na parte de trás, o que possibilitará que aconteçam pequenos movimentos para ajustar os posicionamentos e garantir um foco perfeito.
Atualmente, o telescópio está a mais de 900 mil quilômetros da Terra. No 29º dia da missão, o Webb chegará ao seu posicionamento final, acompanhando o planeta ao redor do Sol e chegando a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Depois da fase de voo, engenheiros e cientistas trabalharão juntos para ligar cada um dos instrumentos e ajustá-los. Além disso, o telescópio precisará ser resfriado até atingir sua temperatura operacional ( 235 graus Celsius negativos). A estimativa é que todo esse processo demore cerca de cinco meses.
Após essas etapas, o telescópio estará pronto para observar as galáxias e buscar indícios sobre a origem do universo.