Astrônomos divulgaram recentemente que detectaram um buraco negro raro que pode esclarecer a origem desses objetos espaciais. Ele foi encontrado em Andrômeda, também conhecida como M31, galáxia mais próxima da via láctea.
Os pesquisadores estudaram a mudança de luz em Andrômeda para poder identificar o buraco negro. Só é possível perceber a existência desses objetos se eles estiverem acumulando matéria ativamente porque, a partir deste processo, é gerada uma radiação brilhante. Caso contrário, não há emissão de luz.
O buraco negro recém-descoberto tem cerca de 100 mil vezes a massa do Sol e se enquadra na categoria de massa intermediária, classificação rara e com poucas descobertas pelos estudiosos.
— Temos detecções muito boas dos maiores buracos negros de massa estelar até 100 vezes o tamanho do nosso Sol, e buracos negros supermassivos nos centros das galáxias que são milhões de vezes o tamanho do nosso Sol, mas não há quaisquer medições de buracos negros entre eles — explicou Anil Seth, astrônomo e pesquisador da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
A maioria dos buracos negros detectados pertencem às categorias de massa estelar e supermassivos. Na primeira classificação estão os buracos que têm até 100 vezes a massa do Sol. Já a segunda diz respeito aos objetos espaciais cuja massa começa com uma faixa de cerca de um milhão de vezes a massa do Sol. Ainda existe uma categoria entre elas que se chama intermediária — buracos negros com massa de 100 mil vezes a do Sol.
Até o momento, os cientistas detectaram poucos buracos negros de massa intermediária. A descoberta destes objetos espaciais ajudaria a entender a origem de outros buracos negros e o processo de formação deles.
A descoberta do buraco negro e os estudos necessários para sua identificação foram relatados e publicados no The Astrophysical Journal.