Jawed Karim foi o responsável por publicar o primeiro vídeo no YouTube. O conteúdo audiovisual intitulado Me at the zoo tem apenas 18 segundos e mostra a ida do jovem a um zoológico localizado na Califórnia, Estados Unidos. Recentemente, ele criticou a decisão da plataforma de remover a opção "não gostei" nos vídeos.
Karim atuou como consultor informal do YouTube quando o site foi lançado em 2005. Além disso, o jovem tinha ações na companhia no valor de US$ 64 milhões antes de ela ser vendida para o Google.
Apesar de ter essa relação com a plataforma desde a sua criação, o desenvolvedor já havia criticado algumas decisões da empresa, como, em 2013, quando se posicionou contra à exigência de uma conta do "Google+" para poder fazer comentários nos vídeos.
Alguns usuários do YouTube apoiaram o recente posicionamento de Karim sobre a remoção dos "deslikes". O principal argumento é de que se trata de uma medida desnecessária e restritiva, pois a plataforma já permitia aplicar uma opção de omissão da marcação de "não gostei" para quem se sentisse incomodado.
Para demonstrar sua insatisfação, Karim editou a legenda do seu primeiro vídeo e fez críticas à decisão da plataforma.
"When every YouTuber agrees that removing dislikes is a stupid idea, it probably is. Try again, YouTube" (quando todo youtuber concorda que remover os deslikes é uma ideia estúpida, provavelmente é. Tente novamente, YouTube, em tradução livre), diz a descrição do vídeo.
Relembre o primeiro vídeo do YouTube
Explicação do Google
De acordo com o Google, a remoção do contador de "deslikes" tem como objetivo extinguir o comportamento negativo de ataques, conhecido como "cultura do cancelamento". Dessa forma, isso impediria que um grupo de pessoas organizasse uma tentativa de avaliação negativa para um vídeo específico.
Segundo a plataforma, há muitos vídeos com qualidade que são mal avaliados e acabam não sendo vistos devido a grupos que disseminam ódios e ataques virtuais ao criador do conteúdo ou à determinada marca.
Com a mudança, a opção com o polegar para baixo, que marca o "não gostei', continuará disponível, mas não exibirá o número de pessoas que utilizaram esse recurso. Apesar disso, o dono do conteúdo poderá acessar a contagem a partir do YouTube Studio e também receberá as avaliações negativas para guiar o seu trabalho.