Um tênis que é capaz de carregar a bateria de um celular, um copo que pode avisar se houver alteração química na bebida, terapia com ronronar de gatos e um dispositivo que ajuda na segurança de pessoas surdas que trabalham em indústrias. Estes projetos científicos, que parecem ter sido produzidos em grandes centros de inovação pelo mundo, na verdade, vêm de alunos do Ensino Médio do Rio Grande do Sul. Entre quarta (20) e quinta-feira (21), cem dessas criações serão apresentadas durante o evento de inovação na educação Sesi Com@CIÊNCIA.
Os estudantes participantes têm entre 15 e 18 anos e são alunos de escolas de Ensino Médio do Sesi-RS. O objetivo é proporcionar uma educação voltada para a ciência, a tecnologia e a inovação, ampliando as possibilidades para os estudantes a partir da aprendizagem.
— O Sesi Com@CIÊNCIA é um conjunto de atividades que a comunidade que se interessa por educação pode aproveitar, conhecer e, a partir disso, pensar como que, nas nossas realidades, nós podemos aproveitar esse conhecimento para misturar com aquilo que já tem sido feito de tão bom nas escolas — explicou Sônia Bier, pedagoga, mestre em educação e gerente de educação do Sesi-RS, em entrevista ao Gaúcha+ desta terça-feira (19).
Entre as iniciativas desenvolvidas e que serão apresentadas no evento, está um kit antiassédio, que consiste em um copo com sensores de pH e motor de vibração — que avisa se houver qualquer alteração na bebida — e um doce decorativo que pode ser mergulhado na bebida e muda de cor. O objetivo é alertar potenciais vítimas de golpes em que drogas são colocadas no recipiente sem o consentimento da pessoa.
Também há um tênis que gera energia elétrica a partir do movimento e que, assim, pode carregar a bateria de um celular. A ideia dos alunos é combater, de forma simultânea, o sedentarismo e as matrizes energéticas poluentes. O protótipo do tênis tem uma bobina de cobre e um ímã livre para se mover no seu interior que, ao se movimentar, gera eletricidade através da indução eletromagnética.
— A metodologia da Escola Sesi trabalha com resolução de problemas. É ver o que está acontecendo no mundo e como a gente resolve. Não é resolver um cálculo de matemática isolado, mas é um calculo que eu possa entender como eu posso fazer uma máquina que resolva uma determinada situação de obstáculo. Com isso, a aprendizagem se torna mais permanente e ampliada — destaca a pedagoga.
Além da apresentação dos projetos desenvolvidos por estudantes, o evento conta com palestras e oficinas abertas ao público mediante inscrição gratuita. A programação é totalmente virtual e pode ser acessada no site do evento.