As novas políticas de moderação do YouTube, anunciadas nesta quarta-feira (29), farão com que a plataforma do Google remova vídeos contendo informações falsas sobre vacinas. A empresa já tinha regras contra desinformação sobre o imunizante contra a covid-19, mas agora passa a ter diretrizes que valem para todas as vacinas aplicadas atualmente e que tenham aprovação de segurança e eficácia emitidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e autoridades locais de saúde.
Segundo o portal G1, canais que publicarem conteúdos desrespeitando a regra terão o vídeo excluído e uma notificação será enviada por e-mail. Caso a infração ocorra novamente, o criador de conteúdo fica punido em uma semana, sem conseguir postar novos vídeos. Se insistir no erro, em um período de 90 dias o canal pode ser desativado.
O Google revelou que serão removidos conteúdos com alegações falsas de que vacinas aprovadas são: perigosas; causam danos crônicos à saúde; não reduzem as chances de transmitir/contrair doenças; ou que contenham desinformação sobre as substâncias contidas nos imunizantes.
"Temos visto constantes alegações falsas sobre as vacinas contra o coronavírus, que acabam gerando muita desinformação sobre imunizantes em geral", escreveu o diretor de parcerias de saúde pública do YouTube, Garth Graham, em um comunicado.
Para criar as novas políticas, a plataforma disse que conversou com organizações e especialistas da área.
"Como qualquer atualização em larga escala, levará um tempo até que nossos sistemas terminem de aplicar as regras em toda a plataforma, incluindo vídeos antigos", informa a empresa.
A plataforma lembrou que já tomou medidas contra a desinformação em relação aos imunizantes contra a covid-19 e relatou ter apagado, em um ano, mais de 130 vídeos que violavam suas normas.
Na terça-feira (28), a companhia suspendeu as contas alemãs da televisão pública russa RT por difundir "informações falsas sobre a covid-19". Moscou considerou a sanção uma censura e ameaçou bloquear o YouTube no país.
As gigantes do setor de tecnologia estão sendo cada vez mais pressionadas a suprimir ou mitigar conteúdos antivacina de suas plataformas, especialmente desde o início da pandemia do coronavírus.
Em meados de setembro, o Facebook apresentou uma nova ferramenta contra grupos adeptos de teorias conspiratórias ou violentos. Voltou-se particularmente para o movimento alemão "Querdenken" ("Anticonformista"), que associa as medidas sanitárias contra a pandemia à privação de liberdades.
O Twitter também tem um regulamento sobre o tema e se reserva o direito de retirar conteúdos e punir os envolvidos, em caso de infração.