Desde esta quarta-feira (1), os usuários poderão pagar para se inscrever em algumas contas do Twitter. A plataforma lançou a ferramenta de remuneração dos criadores de conteúdo, como parte de uma estratégia que busca ampliar a sua audiência e depender menos da receita publicitária.
Os "influenciadores" - especialistas em moda ou esportes, por exemplo - poderão, assim, propor a seus seguidores que se tornem "super followers" e recebam um conteúdo exclusivo (dicas, histórias, análises, etc.) em troca de assinaturas de três, cinco ou 10 dólares por mês.
– Como 'super followers', eles podem participar de conversas às quais apenas outros assinantes pagantes terão acesso– disse Esther Crawford, diretora de produtos da rede social, em comunicado.
Futuramente, o Twitter irá adicionar a possibilidade de propor "Spaces" (salas de áudio) exclusivas, newsletters ou anonimato para os assinantes.
– E não se preocupe, os tuítes públicos não desaparecem – garantiu.
A empresa ficará com 3% da receita, inicialmente. Quando um criador ganhar mais de 50 mil dólares, o percentual da plataforma subirá para 20, após a comissão de exploração do sistema móvel - iOS ou Android.
O recurso é aberto nos Estados Unidos e Canadá com um grupo limitado de criadores que possuem iPhone ou iPad (Apple). Seu escopo será progressivamente estendido para o Android.
Em maio, o Twitter revelou a "Tip Jar", ferramenta que permite aos usuários fazerem doações para suas contas favoritas.
A plataforma lançou ofertas de assinaturas pagas em junho para usuários no Canadá e na Austrália que desejarem acessar recursos práticos. A um custo de 3,5 dólares por mês, os assinantes têm acesso a marcadores para salvar seus tuítes favoritos em categorias, um modo de "leitura" mais confortável e um botão "cancelar", para visualizar e, eventualmente, alterar um tuíte antes do seu envio final.
O grupo californiano possui mais de 200 milhões de usuários ativos.