Após quatro décadas produzindo televisores na Zona Franca de Manaus (AM), a Panasonic vai encerrar a linha de montagem no país em dezembro. A subsidiária da Panasonic Corporation do Japão, que iniciou as atividades no Brasil em 1967, manterá no país a produção de pilhas, eletrodomésticos da linha branca e forno de micro-ondas.
De acordo com o Estadão, o encerramento da produção de TV e áudio no Brasil segue a estratégia global da empresa, que está focando na sustentabilidade do negócio. Outras linhas de produtos deverão ganhar investimentos robustos.
Na unidade de Manaus, onde deixarão de ser produzidas as TVs, serão fabricados fornos de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos. Com o fim da fabricação de televisores, 130 trabalhadores serão demitidos até dezembro, 5% do efetivo total.
A empresa repete a decisão da concorrente japonesa Sony quase um ano depois. Esse movimento das companhias que atuam em nichos de mercado de TVs deixarem de produzir os aparelhos no país não surpreende especialistas. A tendência começou seis anos atrás com a holandesa Philips e depois foi engrossado pelas marcas japonesas.
Com a entrada maciça das fabricantes coreanas, como Samsung e LG, e chinesas nesse segmento, as margens de lucro foram achatadas e o ganho começou a vir da escala de produção. Com isso, outras companhias perderam competitividade.
A saída de mais uma companhia desse segmento promete acirrar a disputa entre as fabricantes, especialmente as nacionais que avançam no mercado. Mallory, Britânnia e Multilaser estão entrando na fabricação de TVs.