Custando quase R$ 30 mil no Brasil, a versão mais completa do iPad Pro de 12,9 polegadas, que oferece conexão 5G e 2 TB de armazenamento, é o mais caro do mundo, aponta levantamento do Nukeni, site do desenvolvedor japonês Jun Saito. O Brasil também será o primeiro no ranking global de preço dos demais tablets da Apple, anunciados pela empresa fundada por Steve Jobs na terça-feira (20).
Os lugares onde é mais barato comprar um iPad Pro 2021 na mais avançada configuração são os Estados Unidos (US$ 2,4 mil), Hong Kong (US$ 2,4 mil) e Canadá (US$ 2,5 mil). O levantamento levou em consideração 40 países.
Em comparação, o preço em dólares do novo tablet no Brasil seria equivalente a US$ 5,4 mil. Convertendo em reais, comprar o mesmo iPad nos Estados Unidos seria o equivalente a desembolsar R$ 13,4 mil.
Brasileiros pagarão bem mais pelo produto também na comparação com Suécia (US$ 3,3 mil), Hungria (US$ 3,1 mil) e México (US$ 3,1 mil).
O levantamento do Nukeni usa como base o preço dos produtos vendidos nas lojas da Apple nos países e converte o valor em dólar com o câmbio do dia. Os valores, portanto, variam diariamente conforme a volatilidade da moeda, diz Saito. Ou seja, o fortalecimento do dólar ante as moedas mundiais tem influência sobre o índice.
O preço final leva em consideração a tributação dos países – aqueles que tributam mais pesadamente produtos importados de tecnologia, como o Brasil, tendem a ver valores mais elevados do que regiões que têm poucas barreiras de taxas, como Canadá e Japão. Nações da zona do euro, ainda que tenham uma moeda ligeiramente mais fraca diante do dólar, aparecem no "miolo" do levantamento porque tributam importados.
Para o cálculo ser mais preciso, seria preciso levar em conta o poder de paridade de compra (PPC), o que coloca os países em pé de igualdade em diferentes moedas. Esse tipo de cálculo é utilizado por órgãos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) dos países. O PPC inspirou o Índice Big Mac, criado pela revista britânica The Economist para comparar o desempenho do dólar no mundo.