Uma das cientistas brasileiras de maior destaque internacional, Rosaly Lopes, 63 anos, carrega as memórias da praia de Ipanema, no Rio de sua juventude, para fora da Terra. Integrante das missões não tripuladas Galileo e Cassini, da Nasa, a pesquisadora se dedica a estudar atualmente as condições habitáveis da lua Titã, a maior de Saturno e a segunda do sistema solar. Há 45 anos morando fora do Brasil, ela está no Guinness Book por ter descoberto o maior número de vulcões ativos no universo – 71 apenas em Io, uma das luas de Júpiter. Como integrante da União Internacional de Astronomia, que nomeia acidentes geográficos em planetas e luas, ela batizou de Heitor Villa-Lobos e Tom Jobim duas crateras de Mercúrio, entre outras homenagens ao Brasil. Rosaly é a primeira mulher a assumir o cargo de editora-chefe da conceituada revista Icarus, fundada por Carl Sagan, um dos maiores astrônomos da história. Em outubro, ela falou para 1,7 mil ouvintes em evento virtual promovido pela embaixada e pelos consulados dos EUA no Brasil (veja a palestra aqui). A seguir, os principais trechos da entrevista concedida a GZH.
Com a Palavra
"A tecnologia e a ciência vão nos salvar", diz brasileira que investiga vida em outros planetas pela Nasa
Rosaly Lopes chefia equipe internacional de astrônomos ligados à agência espacial norte-americana cuja missão é examinar a existência de material biológico fora da Terra
Rodrigo Lopes
Enviar email