Aplicativos como Triller, Zynn, Dubsmash e Byte estão na expectativa diante da possibilidade de tomar uma parte do mercado do TikTok graças às restrições que o aplicativo chinês pode sofrer devido às tensões entre Estados Unidos e China.
O TikTok, que pertence ao grupo chinês ByteDance, tem cerca de um bilhão de usuários, a maioria adolescentes que compartilham vídeos curtos, muitos deles musicais ou cômicos. Após a ameaça de Donald Trump de proibir o TikTok nos Estados Unidos, muitos de seus usuários apostam agora em outros aplicativos parecidos.
— Existe uma grande guerra entre os aplicativos nos Estados Unidos, já que se trata de uma verdadeira oportunidade para os concorrentes de tomar uma parte do mercado — explicou Luis Rodríguez, consultor em redes sociais para Mediatrium.
A incerteza com a situação do TikTok fez com que seus downloads nos Estados Unidos diminuíssem 16% nos três últimos meses, segundo a agência de pesquisa americana SensorToower.
Por outro lado, os downloads de quatro aplicativos parecidos com o TikTok (Triller, Zynn, Dubsmash e Byte) aumentaram 361% durante a semana de 27 de julho e totalizaram praticamente 1,5 milhão de downloads entre os usuários americanos.
"Este avanço ocorre depois que o Triller teve um crescimento significativo após a proibição do TikTok na Índia e depois que Estados Unidos expressou sua preocupação com o uso dos dados dos usuários do TikTok", disse o aplicativo Triller em nota.
Os influentes do TikTok "Griffin Johnson, Noah Beck e Anthony Reeves também se tornaram conselheiros do Triller, pois cada um deles pode levar milhões de adeptos do TikTok para o aplicativo", anunciou a plataforma em um comunicado no início de agosto.
Donald Trump, que há meses acusa os serviços de inteligência chineses de se aproveitarem do TikTok para fins de espionagem, está pressionando a ByteDance para que venda o aplicativo para a Microsoft ou outra empresa americana antes de meados de setembro, sob pena de proibir o aplicativo nos Estados Unidos.
A plataforma sempre negou firmemente o compartilhamento de seus dados com as autoridades chinesas e lembra que seus centros de dados estão localizados fora da China.