A procuradora-geral de Nova York anunciou nesta quinta-feira (7) que chegou a um acordo com o aplicativo de videoconferência Zoom para melhorar a segurança dos seus mais de 200 milhões de usuários, após surgirem pessoas estranhas gritando insultos e propagandas nazistas em meio às conversas online. Letitia James disse que o acordo melhorará a segurança dos dados e o controle do usuário no aplicativo, cujo uso se tornou fundamental durante a pandemia do coronavírus.
Em abril, o Zoom registrou cerca de 300 milhões de videoconferências por dia, em comparação com as 10 milhões de janeiro. Isso representa um aumento de mais de 3.000% em quatro meses, segundo o Ministério Público (MP) nova-iorquino.
Os estudantes e as escolas terão acesso a outras medidas de segurança, afirmou James em um comunicado.
— Este acordo protege os usuários do Zoom para que possam controlar sua privacidade e segurança, e para que os locais de trabalho, escolas, instituições religiosas e consumidores não precisem se preocupar quando participam de uma videoconferência — afirmou a promotora.
O MP investiga o Zoom desde março, depois de receber reclamações de usuários que viram aparecer em suas telas imagens pornográficas e racistas durante as videoconferências. Além do chamado "Zoombombing", foram reveladas falhas de privacidade e segurança dos dados: as informações não eram criptografadas e os dados pessoais dos usuários vazavam para outras pessoas sem sua autorização.
O Zoom também compartilhou informações com o Facebook, até mesmo daqueles usuários que não têm conta nessa rede social. O acordo tem como objetivo melhorar todas essas falhas e problemas de privacidade e segurança.
O aplicativo não é usado apenas por pessoas que trabalham em casa e agora estão em quarentena ou praticando distanciamento social, mas também por empresas e escolas que mantêm suas atividades virtuais. A Zoom, empresa sediada no Vale do Silício, disse "levar a privacidade, a segurança e a confiança de seus usuários muito a sério".