Ao menos 300 funcionários da Amazon nos Estados Unidos decidiram cruzar os braços nesta terça-feira (21) para exigir melhores condições sanitárias nos depósitos da gigante do comércio online, diante da pandemia do coronavírus.
É "a maior ação coletiva dos trabalhadores (da Amazon) até o momento, já que as frustrações se acumulam em torno do fracasso da empresa em proteger seus funcionários da epidemia de coronavírus", denunciou o grupo de associações Athena na segunda-feira (20).
A paralisação foi proposta três dias antes de uma greve online de técnicos e engenheiros do grupo.
A Amazon é acusada desde o início da pandemia de não proteger seus funcionários de forma eficiente, e também de ter demitido trabalhadores nos Estados Unidos ligados às queixas.
"Durante semanas, os trabalhadores da Amazon (...) têm alertado sobre as condições perigosas nos depósitos", destaca a Athena em comunicado enviado à imprensa, em referência aos 130 armazéns da empresa, onde os trabalhadores teriam sido expostos à covid-19, alguns dos quais com "mais de 30 casos confirmados".
"Temos que tomar uma decisão impossível todos os dias: ir a um local de trabalho inseguro ou perder nosso salário em meio a uma recessão global", disse Jaylen Camp, funcionário da Amazon de Romulus, Michigan, citado no comunicado.
A empresa não se manifestou até a publicação desta reportagem.