A Amazon anunciou a criação de um laboratório para detectar infecções por coronavírus entre seus funcionários, no momento em que enfrenta problemas de segurança sanitária devido à disseminação da pandemia.
A gigante do varejo on-line, que começou o ano com cerca de 750 mil funcionários e está aumentando seu pessoal, disse que uma equipe de funcionários "com várias habilidades, de cientistas e gerentes de programas a especialistas em compras e engenheiros de sistemas, modificou suas funções habituais para dar prosseguimento a esta iniciativa".
"Começamos a montar a equipe que precisamos para construir nosso primeiro laboratório e esperamos começar em breve a testar um pequeno número de funcionários que estão na linha de frente", informou a empresa na quinta-feira (9) à noite em um blog corporativo.
A Amazon explicou que tomou essa decisão devido à escassez de testes para confirmar infecções e em razão da preocupação de que mesmo pessoas sem sintomas possam estar transmitindo o vírus.
"Não temos certeza de quão longe iremos em um período de tempo relevante, mas acreditamos que vale a pena tentar e estamos prontos para compartilhar tudo o que aprendemos com os outros", afirmou a Amazon.
"Se todas as pessoas, inclusive aquelas sem sintomas, pudessem ser testadas regularmente, isso faria uma enorme diferença na maneira como todos combatemos esse vírus. Aqueles que testam positivo podem ser colocados em quarentena e cuidados, e aqueles que testam negativo podem voltar à economia com confiança".
Acredita-se que a Amazon tenha tido casos de covid-19 em vários de seus locais de armazenamento.
Inúmeros funcionários da empresa protestaram ou deixaram seus empregos para pressionar a companhia por melhores condições de segurança sanitária.
Na semana passada, a Amazon iniciou controles de temperatura corporal e passou a distribuir máscaras entre os seus funcionários.
Os primeiros testes serão implementados em suas redes de operações nos Estados Unidos e na Europa, incluindo no supermercado Whole Foods Market.
No mês passado, a gigante da Internet com sede em Seattle disse que esperava contratar 10o mil pessoas e investir US$ 350 milhões para apoiar trabalhadores e parceiros durante a pandemia, que colocou a empresa no centro das atenções devido à sua extensa infraestrutura e logística.